Assassin's Creed - Renascença, de Oliver Bowden.
Editora: Galera
ISBN: 9788501091338
Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.
Quando a oportunidade de ler um livro baseado num jogo de videogame me bateu à porta, adicionado ao fervor do meu namorado viciado no jogo em questão (que me contou parte da história), não pude deixar de agarrá-la. O sucesso do jogo é enorme, e seu enredo é tão fascinante, que me envolveu completamente antes mesmo de saber dos detalhes através do livro.
Porém a decepção foi grande. Já aviso previamente que não jogo videogames,
sou uma perdedora nisso (e tenho orgulho em dizer que prefiro livros aos jogos,
mesmo achando-os interessantes e respeitando quem gosta), portanto minha
crítica é de uma leitora, ok? E se quiser mais argumentos para não vir me
atacar com pedras na mão, isso é uma resenha literária, e sim, diante da
história tão envolvente de Assassin's Creed, eu até já comecei a jogá-lo - e
pretendo continuar assim que tiver tempo o suficiente.
O livro narra a história de um jovem com mania de sabe-tudo, Ezio, filho de
um dos maiores banqueiros da cidade de Florença, Giovanni Auditore. Porém, sua
família tem inimigos que, à primeira vista, trata-se de concorrentes do
mercado, mais precisamente os Pazzi, outra família dona de um banco da cidade.
E ficaria por aí, com inimizades, ameaças e brigas, se a situação não tivesse
caminhado para algo pior: Giovanni e os outros dois irmãos de Ezio são
assassinados por acusações sem fundamentos, e, acima de tudo, traição. A sorte
de Ezio foi ter escapado da morte, e, fugindo dela, foi ao encontro de seu tio
Mario em Monteriggioni, o qual lhe desvendou o mistério que Giovanni escondia
da família: o Credo dos Assassinos (do qual Mario e ele próprio faziam parte) e
o seu maior inimigo, os Templários, estes últimos sujeitos sanguinários,
lunáticos e ignóbeis, capazes de tudo para deter o poder.
Este Credo, descobriu Ezio, tem como objetivo maior resgatar e proteger
objetos de uma antiga profecia (objetos estes que garantem um poder supremo e
verdades descomunais) das mãos dos Templários, que demonstraram não medir
esforços em sua missão - também resgatar
a profecia, porém usá-la de maneira que levaria o mundo ao caos.
Decidido a recuperar a honra de sua família morta, com o passar dos anos e
de várias missões em busca dos tesouros e do aniquilamento dos passos dos
Templários, Ezio se transforma em um assassino poderoso, quase que invencível.
A história impele o leitor a desejar avidamente o final, o encontro do
tesouro e a revelação do que ele é capaz. Essa é a principal falha da história,
pois o que mais me desagradou foi a insustentabilidade que teve a história
pela qual passei várias horas lendo. Imaginei que fosse ter explicações
plausíveis, e uma narração muito boa para o desenrolar final dos fatos (que é o
que mais se espera nessa história), porém não chegou nem perto de um
"aceitável". O que Oliver Bowden nos apresentou foi uma ação
fraca, previsível até demais e, além de tudo, insignificantemente fundada.
Fiquei até mais confusa do que já estava, e o final pareceu bobo considerando
todo o enredo que foi criado.
Voltando, me decepcionei diante do trabalho de Oliver Bowden.
Esperava mais de um escritor e historiador. Me arrisco a dizer que Bowden
talvez mereça mais o título de historiador do que o de escritor, pois sua
escrita é altamente previsível e desanimadora. Aquele sentimento de estar preso
à história não surge na maior parte do livro. Em toda missão pela qual Ezio
passava, já sabia que teria êxito e que viria outra e mais outra vitória. Tudo
bem quanto a isso, até, porém o final não compensa os fatos anteriores.
Uma coisa que eu realmente gostei no livro foi a inserção de um personagem
que realmente existiu. Em toda a história, Ezio tem a fidelidade de nada mais,
nada menos que Leonardo da Vinci, e seu personagem foi muito bem
construído, com sua conhecida personalidade presente. Ele é apresentado ao
leitor como o artista não somente pintor, mas também inventor, curioso quanto a
anatomia, cientista, literata, gênio e muito mais. Adorei a presença e a importância
que ele teve para a história.
Porém o que mais gostei foi o enredo e a história criada. Não baseada nos
livros, mas sim na história original, o jogo. A história pode ser incrível para
a franquia de jogos, e para quem o joga, porém como livro considero um
fracasso. Talvez com um outro escritor o livro desse certo. O que mais me
desaponta é saber que Oliver Bowden tinha o roteiro e as falas prontas,
e que só precisou montar uma sequência para isso, e que, ainda - e infelizmente
- não obteve sucesso.
Eu fico triste ao divulgar uma resenha tão negativa, porém sou sincera,
sobretudo quanto a minha opinião. Se você não joga Assassin's ainda e esperava
por críticas do livro para começar a jogá-lo, não se prenda a isso, pois poderá
perder a chance de escontrar um ótimo jogo através de um livro fraco. Porém, se
já for um jogador fã da série, aconselho a continuar assim, e, a menos que
tenha tempo o suficiente e estiver
disposto a formar sua própria opinião, leia e me conte o que você próprio achou
da história, mas não crie grandes expectativas. O máximo que poderá lhe ocorrer
é achar bacana, porém o livro não irá, nunca, alcançar o sucesso do jogo.
Por último, uma conclusão sobre adaptações que não pude deixar de ter em
meus pensamentos: Quem adora ler saber que adaptações cinematográficas
geralmente não atendem às expectativas. Eu sei muito bem disso, pois já fui
vítima em casos como Percy Jackson e os Olimpianos (Rick Riordan)
e Eragon (Christopher Paolini), mas agora também sei que isso se
aplica a adaptações literárias de jogos. É bem possível que muitas adaptações
venham a decepcionar um dos públicos envolvidos, mas quem quer lucrar sempre
busca um meio para garantir mais dinheiro, não é mesmo?
Não sei pq, + nem a capa e nem a sinopse me empolgaram :(
ResponderExcluirAdorei sua sinceridade na resenha!!!!
Bjss
Achei a história muito interessante e um amigo, ao iniciar a leitura, estava tão empolgado que senti muita vontade em ler, porém com a sua decepção em relação ao escritor me deixou bem receosa. Tua sinceridade evitará grandes decepções, pelo visto! Pretendo comprar o jogo, afinal há grandes elogios sobre a criação e todo o enredo.
ResponderExcluirAdaptações normalmente são decepcionantes, mas pretendo ainda assim ler o livro para formar minha própria opinião e conhecer um pouco mais sobre o enredo do jogo.
Talvez - e isso é apenas uma hipótese! -, o que realmente fez Oliver Bowden se tornar o escritor da série seja o fato dele ser historiador e, assim, não cometer grandes enganos com os fatos reais.
Beijos,
@umalimonada - http://samyaquino.blogspot.com
Gostei da sua sinceridade e admito que mesmo o jogo fazendo sucesso e tal, eu não tenho vontade nenhuma de ler esse livro. Simplesmente não faz meu estilo.
ResponderExcluirBeijinhos,
Thais P.
http://thaypriscilla.blogspot.com
Que pena que você não gostou do livro :( Eu ainda não li, mas fiquei bastante curiosa por ver uma adaptação de um game... que logo será adaptado para o cinema. Obrigada pela sinceridade!
ResponderExcluirBeijos,
whosthanny.com
Mel, fazia tempo que eu não vinha aqui por causa da viagem, QUE LAYOUT LINDO! Adorei mesmo, você quem fez? Ver o Big Ben ali me deixou com uma saudade!
ResponderExcluirEnfim, eu tenho muita vontade de ler o livro - li bastante resenhas negativas, como a sua, mas tenho um amigo viciado no jogo que tá fazendo minha cabeça haha
Beijos
Nossa, Mel. Eu sempre pensei que o livro fosse bom, sua resenha é primeira que leio sobre ele e fico grata de ler lido toda sua sinceridade sobre. Achei muito interessante esse fato de adaptar um jogo para livro, pensei que o resultado fosse sucesso, uma pena que não foi.
ResponderExcluirAdorei a resenha e vou passar longe do livro.
Beijos
Oi Mel, já vi o jogo antes, nunca joguei, mas conheço a história. Eu esperava que o livro fosse tão interessante quanto a história apresentada no "game", mas pelo visto, não. Essa não é a primeira resenha negativa que vejo sobre esse livro, já recebi o recado: "passar bem longe do livro". rsrs
ResponderExcluirBeijos
Ann G. anngominho.blogspot.com
Oi Mel, tudo bem?
ResponderExcluirTo com esse livro aqui a um tempão e nunca consegui ler. Talvez depois eu leia mas não é meu gênero favorito e por isso acho que não irei gostar da história.
Beijos sua linda.
Gaby
http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/